sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Crônicas em Ação: Robin Volta do Seminário do Politicamente Incorreto


Coleção em Ação apresenta fatos ocorridos em um país fictício que não é o Brasil...

ROBIN VOLTA DO SEMINÁRIO DO POLITICAMENTE CORRETO

Batman: Olá Robin. Como foi lá no seminário?
Robin: Bem, bem, aprendi muitas coisas.
Batman: Ótimo, você me conta durante a ronda.

 

[JÁ NAS RUAS]


Batman: Veja, Robin, aquele homem esta assaltando aquela
mulher. Vamos interceder.
Robin: Tá, mas sem violência.
Batman: Oi?!
Robin: Eu disse, sem violência contra o suspeito.
Batman: Suspeito?! O homem esta com a arma na mão Robin, é notório que ele é culpado. E que papo é esse de sem violência? Nós sempre batemos nos bandidos e depois amarramos eles nos postes.
Robin: Pois é, em primeiro lugar, não temos poder para julgar legalmente a culpabilidade do cidadão sem a apresentação de um caso por um promotor. Segundo, a sua suposta vítima não prestou nenhuma queixa formal contra o suspeito. Terceiro, bater nos suspeitos e amarrá-los nos postes é humilhação, e tortura.
Batman: Robin, isso não faz sentido. Olha lá, ele ta com mascara de palhaço, é do bando do Coringa. A gente dá umas bordoadas nele e descobre onde o Coringa está para ir atrás dele.
Robin: Hum, sim, além de prisão ilegal, agressão e tortura, você quer adicionar perseguição política a essa sopa?!
Batman: PERSEGUIÇÃO POLÍTICA?!?! O Coringa é um maníaco homicida!!
Robin: Só porque você não concorda com as opiniões dele, você se acha 'superior'.
Batman: Robin... ele MATA pessoas por DIVERSÃO...
Robin: Ele é um cidadão, e tem os direitos dele. Como por exemplo não sofrer abusos por parte de foças policiais ou de um "poder paralelo", que é o seu caso, Batman.
Batman: Pronto, o cara matou a mulher e roubou a bolsa dela. Satisfeito, Robin? E agora, o que você vai falar pra família dela?
Robin: Eu? Nada, não é problema meu.
Batman: Como não? ela foi morta porque você ficou me apurrinhando sobre os direitos do facínora, que agora está livre, leve e solto, enquanto ela está ali, estirada no meio da calçada.
Robin: Isso é fruto da sociedade vil, injusta e desigual de Gotham. Essa mulher aí mesmo, devia ser uma patricinha de classe média consumista e alienada. O pobre rapaz estava apenas tentando sobreviver, já que cresceu nas ruas e passou necessidade.
Batman: Está insuportável tentar levar justiça a Gotham com essa sua faceta defensora de criminosos.
Robin: "Justiça" não, Batman - vingança. Você tem motivos pessoais pra achar que todo ladrão e assassino, é má pessoa. Por que você não vai atrás dos políticos? Porque você é bilionário, e precisa proteger os interesses obscuros da empresa, claro. Mas desconta sua raiva e frustração nos pobres. E nos imigrantes, ou você pensa que essa sua guerra contra a máfia não soa racista?
Batman: Robin... eu desisto. Vamos voltar para a Batcaverna. Vou pedir ao Alfred pra preparar nossa janta. Robin: (silêncio)
Batman: (silêncio)
Robin: O Alfred nunca tira férias ou folga nos fins de semana. Isso é exploração de trabalho escravo.
Batman: Chega, Robin! (clica no botão do assento ejetor)


Fonte: (cópia da internet sem autor conhecido)


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