domingo, 2 de fevereiro de 2014

Crítica: Liga da Justiça - Armadilha do Tempo



  E aí galerinha que curte uma boa animação, essa semana várias pessoas foram pegas de surpresa com o lançamento da animação "As Aventuras da Liga da Justiça: Armadilha do tempo" (alguém na DC parece gostar dos títulos longos da Toei), e este que vos escreve foi uma dessas pessoas. Para que os leitores do Coleção em Ação  não fiquem com a mesma cara de tacho, resolvi fazer uma crítica rápida sobre esse novo desenho média-metragem da DC Entertainment. Bóra lá...



Alguma dúvida da homenagem?
  Bom amigos, essa semana estava eu, zanzando pela internet, quando me deparei com o título do referido desenho. Em um primeiro momento achei ser um anúncio de um vindouro título da linha de animações da DC, ledo engano, já era o anúncio do download da venda do DVD e Blu-ray desse novo desenho da liga, inclusive já dublado em português. Vamos à sinopse:

Em “As Aventuras Da Liga Da Justiça Armadilha Do Tempo”, a Liga da Justiça se depara com seus arquiinimigos da Legião do Mal numa uma batalha entre as eras. Um ser misterioso conhecido como o Senhor do Tempo surge no futuro, e Lex Luthor planeja um plano sinistro enviando a Legião do Mal de volta no tempo para eliminar o Superman antes de se tornar um herói, evitando assim inspirar os outros heróis a fazer o mesmo e evitar que a Liga da Justiça seja criada. Mas na luta contra os vilões surge no futuro os super-heróis adolescentes Karate Kid e Vésper, aspirantes à membros da Legião dos Super-Heróis, que viajam ao passado para tentar salvar nossos heróis.

Releitura da cena clássica
                   

  Como puderam notar, a Liga da Justiça se mete em mais uma pendenga com a Legião do Mal, até aí nada demais. O interessante do desenho, é notar a nítida homenagem à antiga série animada dos Superamigos. A Liga da Justiça desse desenho é uma amálgama dos Superamigos com a Liga do universo pós-reboot. Isso pode ser notado na formação: Superman, Mulher-Maravilha, Flash, Aquaman, Batman, Robin (que era da Liga no desenho dos Superamigos) e Cyborg, alçado ao primeiro escalão de heróis depois do Reboot. Os uniformes também são um misto dos dois períodos, particularmente achei isso muito legal. O Batman utiliza as cores cinza e azul, oriundas dos anos 70, porém com uma roupagem moderna, o mesmo pode ser dito do Superman, sem cueca, com cinto "chanfrado", mas resgatando o "S" do Superman das antigas. Outros dois fatores positivos no desenho: A Legião do Mal é puro "Superamigos", inclusive com a caracterização clássica do Mestre-dos-Bonecos (a minha preferida); Lex Luthor, mais malvado que vilão da novela das oito; Tigresa; Solomon Grund (hilário); Bizarro; Arraia Negra; Gorila Grood e Senhor Frio, a fina nata da vilania, só faltou mesmo o Brainiac metálico. 



  A trama é muito boa, relembrando a engenuidade dos tempos de "Superamigos", com uma pitada moderna de "Liga da Justiça Sem Limites". O traço lembra muito o desenho "Young Justice", tendo aquela agilidade típica dos americanimes. Outra sacada muito boa, foi apresentar os jovens heróis da Legião dos Super-Heróis, Vésper e Karatê-kid, como releituras dos heróis do desenho da Hanna-Barbera, Chefe-Apache e Samurai respectivamente. O desenho tem seus vários pontos altos e alguns pontos baixos. Se a engenuidade típica dos desenhos antigos agrada em alguns momentos, também atrapalha em outros, várias leis da física são quebradas, como se estivéssemos assistindo um desenho do Pernalonga e sua turma. Ver os heróis da Liga fazendo carinha de tristeza pela suposta morte de um vilão também foi difícil de engolir. Por outro lado, a história é ágil e não perde muito tempo com enrolação. Os vilões ficaram  muito bem caracterizados e até o Aquaman deixou de ser um bucha, uma pena, pois se o desenho notadamente homenageia a animação antiga, nada mais justo que o Aquaman fosse meio lesado também. O Robin também ficou muito bom, apesar de não ser sido dito qual versão está no desenho, acabou sendo uma mistura da personalidade do Dick Grayson com o Damian, já o uniforme lembra a versão mais famosa do Tim Drake. 



  Para encerrar, só posso dizer que esse desenho é recomendadíssimo para quem curtia os Superamigos e curte as animações da DC. Apenas achei curiosa a metodologia de divulgação da DC para com esse média-metragem, ou melhor a falta dela. Será que fizeram isso de propósito para que a animação vire uma espécie de viral, um episódio perdido entre os lançamentos da linha? O lançamento foi quase que simultâneo com o desenho "Justice League: War", esse sim anunciado aos quatro ventos.


O primo rico






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