sexta-feira, 24 de junho de 2016

Crítica: Independence Day: O Ressurgimento (Sem Spoilers)




  E ai meus amigos que acompanharam a invasão da terra há 20 anos e viram o Will Smith socar a cara de um alien. Estão curiosos para saber se os humanos conseguirão vencer os invasores novamente? Será que o filme honra o legado de um dos maiores Blockbusters dos anos 90? Vem comigo para saber um pouco mais sobre isso tudo...



  “Após o devastador ataque alienígena ocorrido em 1996, todas as nações da Terra se uniram para combater os extraterrestres, caso eles retornassem. Para tanto são construídas bases na Lua e também em Saturno, que servem como monitoramento. Vinte anos depois, o revide enfim acontece e uma imensa nave, bem maior que as anteriores, chega à Terra. Para enfrentá-los, uma nova geração de pilotos liderada por Jake Morrison (Liam Hemsworth) é convocada pela presidente Landford (Sela Ward). Eles ainda recebem a ajuda de veteranos da primeira batalha, como o ex-presidente Whitmore (Bill Pullman), o cientista David Levinson (Jeff Goldblum) e seu pai Julius (Judd Hirsch).”


  Como a própria sinopse entrega, a Terra mudou muito após a invasão de 1996. Independence Day: O Ressurgimento (Independence Day: Resurgence) inicia cronologicamente vinte anos após o primeiro filme. Os humanos aproveitaram a marola pós-porradaria e evoluíram em várias áreas com os espólios da grande batalha contra os aliens gosmentos. Infelizmente, é fato que a humanidade dá saltos significativos de evolução tecnológica com as guerras. E brigar com os aliens fez com que os humanos vissem a sua insignificância e fragilidade perante o universo. Nos vinte anos que separam essa sequencia do original, ficamos sabendo que os governos da Terra uniram-se em um único governo mundial e que o céu não é mais o limite. A tecnologia alienígena ajudou no desenvolvimento de novas armas de defesa e também na exploração do sistema solar. Ou seja, os humanos viram que a Teoria de Darwin nunca fez tanto sentido como nesse caso. Unir-se em prol de um bem maior, ou continuar com suas mesquinharias mundanas e perecer nas garras de uma raça com poder bélico superior no futuro e sumir da existência.

  E posso garantir uma coisa, esse jump evolutivo será de grande valor para os heróis da Terra nessa sequência. O diretor Roland Emmerich, pai do longa original e especialista em filmes-catástrofe, entrega uma escala muito maior de destruição e luta pela sobrevivência. Emmerich sabe trabalhar como ninguém esse tipo de filme, entregando planos de batalha intensos e dando uma sensação de imersão e preocupação única no eminente aniquilamento da humanidade pelas mãos –ou tentáculos- dos alienígenas. É nesse ponto que os “mocinhos” entram, tendo como representantes da nova geração, os pilotos Jake Morrison (Liam Hemsworth) e Dylan Hiller (Jesse T. Usher). Enquanto a velha guarda volta muito bem representada pelo ex-presidente/piloto Whitmore (Bill Pullman) e o cientista David Levinson (Jeff Goldblum). Esse choque de gerações dá um tempero extra ao filme e fica melhor ainda graças ao ótimo timing dos atores em cena. 

Dylan Hiller vivido por Usher carrega o legado de seu pai, Steven Hiller (Will Smith). O Coronel Hiller morreu logo após os eventos do primeiro filme, durante um dos primeiros testes com naves híbridas de tecnologia alienígena e terrestre e é considerado um grande herói da humanidade moderna. Alguns outros personagens do longa original também retornam, trazendo uma nostálgica ligação entre os dois filmes.
A película não faz feio nos efeitos especiais, entregando intensa destruição de diversos pontos turísticos por todo o planeta –algo corriqueiro no currículo de Emmerich- e batalhas aéreas emocionantes, que não ficam devendo em nada para os eventos de 1996. A equipe técnica do filme consegue passar toda a brutalidade dos ataques alienígenas e também a abnegada luta pela sobrevivência dos humanos. Enquanto o original custou US$ 75 milhões para ser produzido, o novo longa teve “modestos” US$ 200 milhões de orçamento para nos entregar um espetáculo visual impressionante. 

  O filme cumpre bem a sua proposta de blockbuster, entregando doses precisas de humor, drama, ação e destruição. Os personagens são heroicos e com uma leve camada de profundidade, nos dando a motivação suficiente para torcer por eles durante o transcorrer da história. Podem esperar frases de efeito, discursos motivacionais e galhofagem na maioria dos diálogos dos personagens, características que fizeram o longa original um clássico dos novos tempos. 

  Independence Day: O Ressurgimento chega aos cinemas cumprindo toda a sua proposta de filme-pipoca, algo que muitos filmes desse gênero vêm falhando em tentar proporcional ultimamente. Isso traz certo alívio para os fãs do gênero, calejados por produções caras e sem alma. E posso garantir que Independence Day: O ressurgimento tem muita alma quando esse é o quesito. Se não supera o filme original, ao menos honra sua história e nos faz imergir nesse mundo novamente, torcendo para que a humanidade e seus heróis, escape de mais uma invasão alienígena, explodindo naves enquanto soltam frases de efeito. 




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