Relembrando: Zone Riders

  

E aí nerdalhada que não frequenta museu, mas adora uma coisa antiga. E não, não vou falar da "panela velha" da música do Sérgio Reis, mas sim de um desenho dos anos 80, Spiral Zone, ou Zone Rider, como ficou conhecido aqui no Brasil.

  Hoje vamos relembrar do desenho Zone Riders, clássico dos anos 80 e frequentador assíduo, por muito tempo, das manhãs da Globo nos áureos tempos de Xou da Xuxa. Esse desenho chamava atenção pelo tom sombrio, que contrastava com as demais atrações da época, tais como He-man, Transformers, Ursinhos Gummi e outros, muito mais inocentes e com lições de moral. A história dos Zone Riders era um tanto curiosa e inovadora para a época.

  No ano de 2007, o cientista militar e louco de plantão Dr. James Bent, dá uma de Bin Laden e sequestra um ônibus espacial que carregava os artefatos conhecidos como Zone Generators, criados para disseminar uma bactéria parasita que transforma pessoas em zumbis. O caso é que o próprio Dr. Bent, criou tal bactéria, com a desculpa esfarrapada de encontrar uma cura para quase todas as doenças da humanidade, quando na verdade o único objetivo era a dominação mundial. Os Zone Generators são então lançados na Terra, liberando a bactéria, que rapidamente contamina metade da população mundial, transformando todos em zumbis sem vontade própria, com manchas vermelhas pelo corpo e olhos amarelos repugnantes. O próprio Bent, agora conhecido como Overlord e seus capangas (Razorback, Duquesa Dire, Bandit e Reaper), são contaminados pela bactéria, porém, graças ao aparelho Widow Maker, conseguem manter sua consciência e vontade próprias. O grupo terrorista passa a ser conhecido como Viúvas Negras e facilmente escraviza a população já zumbificada. Podemos dizer que a metade do mundo contaminada pela bactéria não é nem um pouco bonita e aconchegante, pois os Zone Generators criam uma névoa perpétua e também horríveis fungos e esporos por todo lado. Um tanto desolador não? Ainda mais para um desenho feito para crianças.

E justamente por isso, entram em ação os Zone Riders, um grupo militar, politicamente correto, criado à partir da cooperação entre os Estados Unidos e a União Soviética, que segundo o desenho, ainda existia em 2007. O grupo era comandado obviamente pelo Major norte-americano Dirk Courage (???) e tinha em suas fileiras, militares de diversos países. Eram eles: Sargento Tank Schmidt (Alemanha), Tenente Hiro Taka (Japão), Tenente Max Jones (Estados Unidos) e Katerina Anastacia (União Soviética), quantos nomes originais não? 

  Bom, então tínhamos um grupo de vilões, um grupo de heróis, bactérias, fungos e zumbis por todo lado, já tava bom demais né? SQN, pois para deixar o desenho ainda mais massavéio, as batalhas aconteciam em cima de veículos estilosos e cheios de tranqueiras. O destaque ficava para a "moto" de Dirk Courage, na verdade um enorme pneu armado até os dentes e que girava no próprio eixo. O plot do desenho era basicamente a batalha entre o bem e o mal pelo destino do planeta Terra. Tendo os heróis o objetivo de destruir os Zone Generators e o vilões de protegerem ou reporem tais objetos. 

Outra coisa legal do desenho eram os trajes dos heróis, feitos por um raríssimo material, cuja quantidade foi capaz de criar apenas 5 uniformes. Esse material deixava os Zone Riders imunes à bactéria e por consequência, aptos à combater os vilões dentro da Zona Negra, como era conhecida a parte contaminada do planeta.

Spiral Zone foi produzido em 1987, teve relativo sucesso nos Estados Unidos e em outros países como o Brasil, apesar disso teve uma única temporada de 65 episódios, que passavam diariamente tanto na terra do Tio Sam, quanto aqui na terra da Xuxa. Foi feito através de uma parceria dos Estúdios Atlantic/Kushner-locke, Hasbro e a empresa de brinquedos Tonka. 

Abertura da Série

  A linha de brinquedos da série foi produzida pela empresa japonesa Bandai, através de um acordo com a Tonka e é muito cobiçada por colecionadores hoje em dia. Tal fato se deve à produção da linha, muito rica em detalhes, com action figures muito bem produzidos com roupas de tecido e armaduras e equipamentos super detalhados. As action figures tinham a escala de 7 polegadas, o que era um atrativo a mais para as crianças da época e para os colecionadores de hoje em dia. Além disso tudo, as figuras ainda vinham acompanhadas de uma fita K-7, contendo uma áudio história. O desenho teve continuação em uma curta série de histórias em quadrinhos produzidas pela DC Comics.

  Posso dizer que lembro pouco desse desenho na época em que foi transmitido na tv. Desenhos como Transformers e Comandos em Ação e live actions como Jaspion e Changeman, estão muito mais presentes nas minhas memórias de infância. Porém, recentemente assisti alguns episódios e posso dizer que o desenho, apesar de datado, ainda é um bom atrativo e carrega um ar saudosista bem anos 80.