Um dos meus personagens preferidos é o Rambo, nome completo: John James Rambo, interpretado por Sylvester Stallone. Aliás, Sly é o cara, pois vários dos meus personagens fictícios preferidos foram interpretados por ele. Cobra, Rocky Balboa e Falcão, sem falar que sou fã da cine série Os Mercenários (The Expendables). Afinal, sou "cria" dos anos 80, não podendo ser diferente. Mas vamos voltar ao assunto Rambo, e deixar Sylvester Stallone e os anos 80 para outro post.
Lembro que meu primeiro contato com Rambo foi em uma locadora de vídeos próxima de casa. Estava voltando da escola e, como fazia todos os dias, passava na locadora para admirar as "capinhas" de VHS (ainda não tínhamos o tão sonhado vídeo-cassete nessa época). Uma capa em especial, chamou minha atenção naquele dia. Um cara, com expressão de poucos amigos, segurava uma metralhadora gigante e usava uma tira de pano para prender seus cabelos. O nome do filme era Rambo: Programado para Matar. O tempo passou, e compramos nosso video-cassete. Entre as primeiras fitas, lá estava ele, Rambo! Como achei aquele filme legal: um cara que era uma máquina de matar, porém só queria ficar em paz, coisa que não conseguiu por causa de um xerife babaca. Pois bem, depois desse, vieram Rambo 2: A Missão, Rambo 3 e muito tempo depois (já na fase adulta) Rambo 4, cada um deles assistido por diversas vezes, e cada uma delas com a mesma empolgação de fã.
Lembro que meu primeiro contato com Rambo foi em uma locadora de vídeos próxima de casa. Estava voltando da escola e, como fazia todos os dias, passava na locadora para admirar as "capinhas" de VHS (ainda não tínhamos o tão sonhado vídeo-cassete nessa época). Uma capa em especial, chamou minha atenção naquele dia. Um cara, com expressão de poucos amigos, segurava uma metralhadora gigante e usava uma tira de pano para prender seus cabelos. O nome do filme era Rambo: Programado para Matar. O tempo passou, e compramos nosso video-cassete. Entre as primeiras fitas, lá estava ele, Rambo! Como achei aquele filme legal: um cara que era uma máquina de matar, porém só queria ficar em paz, coisa que não conseguiu por causa de um xerife babaca. Pois bem, depois desse, vieram Rambo 2: A Missão, Rambo 3 e muito tempo depois (já na fase adulta) Rambo 4, cada um deles assistido por diversas vezes, e cada uma delas com a mesma empolgação de fã.
Rambo |
Programado para matar |
Porém, o Rambo que quero realmente falar aqui, é um Rambo diferente, um Rambo que não matava como sua contraparte do cinema (apesar de saber que no 1º filme ele não mata ninguém!). Quero falar do personagem do desenho "Rambo e a Força da Liberdade". Esse inusitado desenho foi produzido em 1986, no auge da fama do personagem. Produzido pela Ruby Spears Enterprises, o desenho teve apenas uma temporada, porém, com 65 episódios (hoje em dia, as temporadas de desenhos tem metade disso, quando muito). No desenho, Rambo não lutava sozinho como nos filmes, era auxiliado por uma força-tarefa chamada Força da Liberdade. Os integrantes dessa equipe eram: Turbo, um negro especialista em veículos e mecânica; Kat, uma lutadora oriental (talvez referência à personagem Co, que aparece em Rambo 2); o ninja Dragão Branco (não o Van Damme); Chefe, como o próprio nome diz, um guerreiro indígena e o jovem T.D "Touchdown" Jones. A equipe era liderada por Rambo em campo, e tinha o Coronel Trautman como superior. Rambo e seus companheiros enfrentavam a força terrorista Savage, uma espécie de Cobra em menor escala. Seu líder era o General Warhawk e tinha em suas fileiras personagens como: Sgt. Havoc (visualmente parecido com o Arnold Schwarzeneger); Gripper, um sujeito com tapa-olho e uma garra no lugar de uma das mãos; Mad Dog, uma espécie de Hyppie; Dragão Negro (irmão do Dragão Branco, só pra não perder o costume); Dr Hyde, um cientista com a cara derretida dentro de um vaso transparente; Max, seu robô auxiliar; X-Ray, um Jason cibernético; Snake Bite, um barbudão qualquer e Nômade, um precursor do Osama Bin Laden. Como dá pra notar, só gente da melhor estirpe. Como o desenho era para criança, ninguém morria e os planos do General Warhawk só não eram piores que os do Comandante Cobra.
Rambo e a Força da Liberdade |
Savage |
Algumas curiosidades: mesmo sendo derivado de um personagem violento, a série pode ser considerada politicamente correta - e olha que estamos falando dos anos 80 - pois a equipe do Rambo era etnicamente diversificada e todo episódio tinha uma lição de moral. Por falar em personagem violento, o Rambo do desenho não carregava nenhum tipo de trauma psicótico ocasionado pela guerra do Vietnã, ao contrário de sua contraparte do cinema. Os cinco primeiros episódios do desenho são considerados um longa-metragem animado. O dublador brasileiro de Rambo na versão animada, era o mesmo dos três primeiros filmes, o saudoso André Filho. O personagem Rock Balboa seria introduzido na cronologia dos G.I Joes, inclusive sendo produzido um protótipo do boxeador. Porém, como a Coleco utilizou as feições de Sly na linha do Rambo, o projeto com Rock Balboa teve de ser abandonado pela Hasbro.
O desenho dos G.I Joes/Comandos em ação era um sucesso na época, e como em time que está ganhando não se mexe ou se imita, além da semelhança de planos imbecis que o General Warhawk e o Comandante Cobra compartilhavam, o desenho também tinha inúmeras batalhas campais, aéreas e aquáticas, com muito tiroteio, muita gritaria, porém, nenhuma morte. Mas que era divertido, isso era. Todo episódio tinha a famosa cena do Rambo amarrando a faixa na cabeça e se equipando, um fato curioso é que nesse momento, as feições de Rambo lembravam muito mais as de Stallone. Outro ponto em comum com os filmes era a famosa música tema. O desenho foi amplamente exibido na tv brasileira, pela Globo, no extinto Xou da Xuxa e tempos depois reexibida pela TV Record.
E mesmo que o desenho não tivesse sido bom, já teria valido à pena só por causa da linha de action figures que ganhou na época. Nos Estados Unidos, a responsável pelo lançamento foi a Coleco. No Brasil, a coleção foi lançada pela Glasslite, que produziu todos os personagens e veículos da linha americana. Os personagens tinham um tamanho aproximado de 14 cm e diversos pontos de articulação (e ganhou mais articulações ainda na 2ª wave). Rambo existia em duas versões, uma com calça verde de combate e sem camisa, com as cicatrizes de guerra e outra com as roupas do desenho, camisa branca sem mangas e calça azul. Além dos veículos muito bem feitos (o Jeep com seis rodas, era sonho de consumo de qualquer moleque), a linha de brinquedos também tinha um quartel general fantástico. Todos os personagens e veículos tinham armamentos e equipamentos móveis. Por exemplo, a bazuca do Rambo atirava pequenos mísseis vermelhos, o capacete do Turbo era móvel, entre outras preciosidades. Durante minha infância, tive vários personagens da coleção e, como já citado, viviam auxiliando os Joes em batalhas contra a Savage e os Cobras. Às vezes até os Super Powers e os Sectaurs apareciam para pender a balança para um lado ou para o outro. Seja pela nostalgia, seja pela qualidade dos bonecos e seus acessórios, até hoje essa coleção é apreciada pelos colecionadores de action figures. E pensar que se Dustin Hoffman tivesse aceitado o papel de Rambo - ele foi o primeiro ator ao qual o papel foi oferecido - tudo poderia ter sido diferente.
Rambo foi criado em 1972 pelo escritor David Morell, para o livro First Blood. Para um personagem que morre ao final do seu livro de estréia, até que John Rambo teve uma carreira longa e promissora. Além da série de filmes, livros, desenhos, games e action figures, Rambo é considerado um dos 100 personagens mais conhecidos do cinema, passando a fazer parte do imaginário de milhões de pessoas. Por enquanto ele está tranquilo, descansando em sua fazenda no Arizona. Isso até que algum mal apareça e o force a abandonar sua aposentadoria. Enquanto isso não acontece, fiquem com imagens da fabulosa coleção de toys do desenho.
Excelente conteúdo, eu tive alguns no passado++ infelizmente não tenho+, gostaria de poder voltar á colecionar!!! Kkks
ResponderExcluir